sexta-feira, 30 de agosto de 2013

REALIZAÇÃO DE OFICINAS PARA A ELABORAÇÃO DO PMS 2014-2017 NAS UNIDADES DE SAÚDE DO DISTRITO SANITÁRIO SUL

Nesta ultima semana foram realizados nas unidades de saúde do Distrito sanitário sul, as oficinas locais para a construção do PMS 2014-2017 ( Plano Municipal de Saúde), essa elaboração contou com os servidores da unidades e usuários convidados.

Os assuntos foram divididos em três eixos, ao qual os participantes identificaram os problemas decorrentes em suas unidades de saúde,  seus Territórios e no sistema de saúde buscando uma melhor solução para esses problemas.

A oficina terá continuidade no dia 04/09 às 08:30 da manhã  no auditório do centro administrativo do estado do RN onde será apresentado o consolidado desses eixos e debatidos com a direção do Distrito, diretores das unidades, profissionais da saúde, servidores da SMS Natal, Conselho Municipal de Saúde e convidados. Todas as equipes estão de parabéns!!!!

"Vamos fazer parte dessa mudança e juntos desenvolvermos uma gestão participativa"





MISTA DE CIDADE SATÉLITE
MISTA DE CIDADE SATÉLITE
ESF PLANALTO
ESF PLANALTO

UBS NOVA DESCOBERTA

UBS NOVA DESCOBERTA



Campanha de multivacinação está tendo boa receptividade dos pais



















Devido ao empenho e comprometimento dos profissionais de saúde, a Campanha Nacional de Multivacinação para Atualização do Esquema Vacinal realizada no último sábado 24, pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal, Dia “D”, obteve grande aceitação de pais e responsáveis. 

Segundo dados da SMS a população infantil de Natal a ser vacinada é de 56.788 crianças menores de cinco anos, Dessas, 10.525 comparecem as unidades de saúde, e 6.221 crianças, receberam dose de alguma vacina, correspondendo a 59,11% vacinadas, somente no Dia “D”, revelando que 4.304 crianças estavam com as cadernetas atualizadas. 

“Essa campanha está conseguindo mobilizar a população para a importância da atualização da caderneta de vacinação. Com isso as crianças ficam livres das doenças e melhoram o índice de cobertura vacinal. A SMS espera imunizar o maior número possível de crianças até o dia 30 de agosto”, revelou a chefe da Vigilância Epidemiológica, Aíla Marôpo.

A SMS estará disponibilizando nas unidades de saúde as vacinas: pólio em gotas e injetável (contra paralisia infantil); hepatite B; rotavírus; BCG (contra tuberculose); pentavalente (contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Influenza tipo B); pneumocócica 10(contra a meningite, pneumonia, otite, sinusite e bacteremia); tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola; meningocócica C(contra meningite); e DTP (contra difteria, tétano e coqueluche), além da aplicação da vitamina A.


Aíla Marôpo chama à atenção dos pais e responsáveis para levarem as crianças à unidade de saúde, portando o cartão de vacinação, para atualização do esquema vacinal.

Dia Nacional de Combate ao fumo tem programação especial



O Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado em 29 de agosto, é o estandarte de luta contra o tabagismo, considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de mortes evitáveis em todo o mundo. O tabagismo atinge 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo (1 bilhão e 200 milhões de pessoas), entre as quais 200 milhões de mulheres. 

Para marcar a data, o Ambulatório de Prevenção e Tratamento ao Tabagismo, Alcoolismo e Outras Drogadições (APTAD), da Secretaria Municipal de Saúde de Natal, realiza às 16h desta quinta-feira (29), na Unidade de Saúde do Pirangi, uma programação especial para os usuários e seus familiares. Segundo a coordenadora do ambulatório, Rhilma Nunes, a programação prevê a exibição do filme “Esperança”, do Ministério a Saúde, que traz vários depoimentos de personalidade ex-fumantes. Arte-Educadores do SESC também desenvolverão atividades envolvendo o público participante.

Atualmente, a SMS realiza em dez Unidades Básicas de Saúde um serviço de abordagem e tratamento em grupo voltado para o combate ao tabagismo. Um novo grupo de 15 pessoas terá início na próxima quarta feira (4), na Unidade de Saúde de Mirassol. A atividade é realizada pelo Programa “Deixar de fumar sem mistério” do Ministério da Saúde.

Segundo Coordenador Médico da Estratégia Saúde da Família, Milton Cirne, os profissionais trabalham os problemas causados pelo tabagismo, fazendo com que as pessoas, se puderem, parem de fumar. O objetivo é identificar nos fumantes a necessidade de parar para, a partir daí, direcioná-los para a melhor forma de combater principalmente a abstinência, o maior problema na hora de abandonar o hábito.

A reunião de grupos com até 15 pessoas acontece semanalmente nas Unidades de Saúde de Pirangi, Mirassol, Nazaré, África, Soledade I, Panatis, Redinha, Aparecida e Parque das Dunas.

No Brasil, a prevalência de fumantes, em 2010, foi 15,1%. Na avaliação do conjunto da população adulta de Natal, a frequência de fumantes foi de 13,5% em 2006 e 13,4% em 2010, sendo maior no sexo masculino (17,5% e 18,0%) do que no sexo feminino (10,3% e 9,5%). Entre os natalenses, 5,7% da população fuma mais de 20 cigarros por dia. Esse nível é de 7,6% na população masculina e 4,1% na população feminina.

Portaria permite ampliação dos serviços
Publicada em abril, no Diário Oficial da União, a Portaria 571 se alinha ao artigo 14 da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, que prevê medidas para ampliar a quantidade de serviços que oferecem tratamento para tabagistas crônicos que desejam abandonar o fumo.

Uma das principais mudanças da nova portaria é a forma da adesão dos serviços de saúde ao Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), que passou a ser on-line, por meio do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ), do Ministério da Saúde.

A expectativa com a mudança é que as 38.396 equipes da Atenção Básica que já aderiram ao PMAQ passem a oferecer o tratamento. A meta do Ministério da Saúde é reduzir de 15% para 9% o percentual de fumantes na população adulta até 2022.


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

SMS promove curso de boas práticas na manipulação de alimentos

A Secretaria Municipal de Saúde, através do Departamento de Vigilância em Saúde, vai promover a partir das 8h30 de hoje (26), no Cemure, um Curso de capacitação em boas práticas de manipulação de alimentos, para aproximadamente 600 ambulantes cadastrados na Secretaria Municipal de Serviços Urbanios – SEMSUR, que trabalham no Carnatal e em eventos de massa. O curso será ofertado sempre às segundas-feiras, durante todo mês de setembro.
Segundo o chefe do Núcleo de Controle de Alimentos, José Antônio de Moura, o objetivo é conscientizar os ambulantes sobre os cuidados que devem ter ao manipularem os alimentos que vendem, para se evitar a contaminação e a ocorrência de intoxicação das pessoas.

“Preocupados com esse cenário de festas na cidade, e como forma de prevenção, vamos promover esse curso de 20h de manipulação de alimentos, que será dado pelos professores do Departamento de Nutrição da UFRN”, disse José Antônio.
O curso é uma parceria do Departamento de Nutrição da UFRN e o Núcleo de Alimentos da Secretaria Municipal de Saúde, e vai capacitar 12 turmas de 50 pessoas, sendo duas pela manhã e duas turmas à tarde.

Segue a programação:

26/08


8h - 8h30 - Acolhimento / Boas-vindas

8h30 - 8h45 - Dinâmica 1: Quebra-gelo (Apresentação dos nomes e o que faz);

8h45 - 9h - Apresentação do programa;

9h -9h30 - Caminho dos alimentos

9h30 - 10h - Coffee Break / Aplicação de questionário: Instrumento de caracterização do “Perfil Social”.

Apresentação do Caminho dos Alimentos

Discussão dos produtos dos ambulantes;

10h - 11h45 - Dinâmica 2: Percepção de saúde, segurança alimentar e controle higiênico-sanitário.

11h45 - 12h00 - Encerramento: Mensagem e música.
 
02/09

8h – 8h10 - Acolhimento

8h10 – 9h30 - Dinâmica 1: Perguntas e Respostas (Plaquinhas de verdadeiro/falso)

- Higiene Pessoal;

- Riscos;

- Segurança Alimentar

Dinâmica 2: Higienização das mãos.

9h30 - 10h - Coffee Break

10h - 11h45 - Discussão: Higiene Pessoal e quem é o Manipulador de alimento

11h45 - 12h - Encerramento: Mensagem e música.


09/09


8h – 8h10 - Acolhimento

8h10 – 8h30 - Dinâmica 1: Cumprimentando o outro (purpurina).

8h30 - 9h30 - Introdução a Microbiologia dos Alimentos

9h30 - 10h - Coffee Break

10h - 10h45 - Conceitos de DTAs;

10h45 - 11h - Dinâmica: Dando o troco do cliente

11h - 11h45 - Manipulação higiênica dos alimentos;

11h45 - 12h - Encerramento: Mensagem e música.



17/09



8h – 8h10 - Acolhimento

8h10 - 9h10 - Legislação

9h10 - 9h30 - Apresentação dos resultados da análise microbiológica;

9h30 - 10h00 - Coffee Break

10h30 - 10h45 - Discussão do caminho dos produtos: uma nova visão

Conservação/controle de validade/armazenamento adequado

10h45 – 11h45 Exibição do vídeo: Ilha das Flores

11h45 - 12h - Encerramento: Mensagem e música.



30/09



8h – 8h10 - Acolhimento

8h10 - 9h - Motivação para o trabalho;

9h – 9h30 - Dinâmicas 1: Tirando o chapéu para si;

9h30 - 10h - Coffee Break

10h - 10h45 - Direito do Consumidor avaliação;

10h45 - 11h20 - Dinâmica 2: Balão

11h20 - 11h45 - Vídeo de Motivação (sapateado), discussão e encerramento.



Profissionais da SMS tem capacitação sobre vigilância dos óbitos maternos, infantis e fetais



Para qualificar os servidores dos cinco Distritos Sanitário,  a Secretaria Municipal de Saúde por meio dos Departamentos de Vigilância em Saúde da Atenção Básica, de Atenção Especializada em parceria com a Secretaria de Saúde Pública (Sesap) promove de 29 a 30 de agosto, das 8h às 17h, a “Capacitação sobre Vigilância dos Óbitos Maternos, Infantis e Fetais”.


Segundo a chefe da Vigilância Epidemiológica, Aíla Marôpo, a intenção é reforçar o pacto pela saúde para redução da mortalidade materna, infantil e fetal, a partir da melhoria da saúde materna por meio da garantia do pré-natal a todas as mulheres. 

A capacitação que é dirigida a enfermeiros e médicos abordará os temas: pré-natal de alto risco; infecção urinária durante a gravidez; sífilis e suas implicações no pós-parto; implantação do teste rápido em sífilis; vigilância dos obitos e mortalidade materna e idnfantil, entre outros temas.

A capacitação do Distrito Sanitário Sul acontece dia 26, no Auditório da SMS, a do Distrito Leste, dia 27, no Auditório do IFRN da Avenida Rio Branco; a do Distrito Norte I, dia 28, no Auditório da Biblioteca de Santarém, na Avenida Itapetinga; dia 29, Distrito Norte II, no Hospital Santa Catarina e Distrito Oeste no Centro de Atenção Psicossocial Infantil -  CAPSi,  na Avenida Mor Gouveia,nº9 em Dix Sept Rosado.

Programação:

MANHÃ

8h às 8h30min - Abordagem geral sobre o que é Vigilância dos Óbitos.

8h30min às 9h – Abordagem sobre Mortalidade Materna e infantil (Sesap)

9h às 10h – O que é investigação, por que fazer? E discussão detalhada sobre as fichas de investigação (Sesap).

10h às 10h30min – Discussão dos temas abordados

10h30min às 10h40min – INTERVALO

10h40h às 11h às 12h – Discussão encontrada nos bairros.

12h às 13h30min - ALMOÇO

 

TARDE

13h30 às 13h50min – Relato de experiências (Distrito Sanitário Norte I).

13h50min às 14h15min – Processo de trabalho de investigação (SMS/Natal).

14h15min às 17h – Discussão de estudo de caso com as fichas de investigação.




sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Sábado é o Dia “D” da campanha de multivacinação em Natal



A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realiza neste sábado, 24, o Dia “D” da Campanha Nacional de Multivacinação para Atualização do Esquema Vacinal. A campanha será aberta oficialmente às 8h, pelo secretário de saúde Cipriano Maia, na Estratégia da Saúde da Família (ESF) de Vale Dourado, Distrito Sanitário Norte II, e prossegue até o dia 30 de agosto em todas as unidades de saúde de Natal.

A promoção da campanha é do Ministério da Saúde, sendo um dos mais importantes compromissos assumidos com a população brasileira, que é a imunização de crianças com idade menor de cinco anos.
 

“As unidades de saúde disponibilizarão todas as vacinas do Calendário Básico de Vacinação da Criança, visando diminuir o risco de transmissão de enfermidades imunopreveníveis, assim como reduzir a taxa de abandono do esquema vacinal”, destacou a chefe do Núcleo de Agravos Imunopreveníveis, Solange Cruz.
 

A SMS estará disponibilizando nas unidades de saúde as vacinas: pólio em gotas e injetável (contra paralisia infantil); hepatite B; rotavírus; BCG (contra tuberculose); pentavalente (contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Influenza tipo B); pneumocócica 10(contra a menigite, pneumonia, otite, sinusite e bacteremia); tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola; menigocócica C(contra menigite); e DTP (contra difteria, tétano e coqueluche).

Para o êxito da campanha, a SMS ressalta a importância dos pais ou responsáveis levarem as crianças à unidade de saúde mais próxima de sua residência, portando a caderneta de vacinação.

A ESF de Vale Dourado fica localizada na Rua Irmã Vitória, nº 2, Igapó.


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

POBRE ESTUDAR MEDICINA É AFRONTA PARA A ELITE”, DIZ MÉDICO FORMADO EM CUBA

Encontrei esse texto no site HumanizaSUS e achei bem interessante, vale apena ler.


Por José Coutinho Junior

A elitização do ensino de medicina no Brasil é um obstáculo para jovens de baixa renda entrarem nas universidade e se formarem. Já os problemas nas provas de revalidação do diploma dificultam o exercício da profissão em território nacional pelos brasileiros que conseguiram se formar no exterior.

“Quem estuda medicina no nosso país são os filhos das elites, em sua maioria. É uma afronta para a elite um negro, um pobre, um trabalhador rual, filho de Sem Terra estudar medicina na faculdade, principalmente pelo status conferidos por essa profissão”, afirma Augusto César, médico brasileiro formado em Cuba e militante do MST.

Estudo do Ministério da Educação (MEC) aponta que 88% dos matriculados em universidades públicas de medicina estudaram em escolas particulares no ensino fundamental e médio. Os programas do governo de acesso à universidade, como o Programa Universidade para Todos (ProUni), ampliaram o acesso, mas ainda não conseguiram universalizar e democratizar a educação.

“A maioria das pessoas quem entra na universidade pública para fazer medicina tem dinheiro para fazer um bom cursinho ou estudou o tempo todo numa escola particular. Claro que há exceções, mas o ensino de medicina do nosso país é altamente elitizado”, acredita.

“A maioria das pessoas que tem acesso às escolas de medicina são de classe média e classe média-alta. Um pobre numa universidade particular não consegue se sustentar pelo alto preço das mensalidades. Sem contar que hoje temos mais universidades privadas do que públicas na área da saúde, dificultando ainda mais o acesso”, diz a médica formada em Cuba Andreia Campigotto, que também é militante do MST.

Revalidação

A necessidade dos médicos brasileiros formados no exterior e estrangeiros passarem por uma prova para verificar se estão capacitados a exercer a profissão é um tema frequentemente pautado pela comunidade médica brasileira.

Independentemente do curso, todos os estudantes brasileiros que realizam um curso fora do país precisam passar por uma revalidação do diploma. No entanto, há falhas nesse processo no caso da medicina.

Um dos principais problemas é que não existe um padrão para o conteúdo dessas provas. Cada universidade federal pode abrir sua prova de reconhecimento de títulos no exterior. Com isso, o conteúdo não é uniforme.

Além disso, o custo dessas avaliações é alto. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) cobra uma taxa de inscrição de R$1.172,20. Outras universidades pelo país têm preços similares.

Preconceito

“As provas são injustas, porque têm um nível de médicos especialistas, preterindo os ‘generalistas’, que é o nosso caso após nos graduar. Isso causa uma desaprovação considerável dos estudantes que vem de fora”, acredita Andréia.

“O que a categoria médica não divulga é que 50% dos estudantes da USP reprovaram na prova feita pelo Conselho de Medicina de São Paulo. Foi uma prova para médico generalista, muito mais fácil, que a de revalidação”, revela.

Para Andréia, há um “grande preconceito” por parte dos profissionais brasileiros em relação aos médicos formados em outros países, o que cria um entrave para a revalidação dos diplomas.

“Seria justo se os profissionais que se formam no Brasil fizessem as mesmas provas que nós, para ver se realmente se comprova uma suposta má formação de nossa parte, bem como discursa a categoria médica brasileira”, observa.

Os dois médicos defendem a realização de uma avaliação dos conhecimentos dos profissionais graduados no exterior, mas destacam que as provas atuais não cumprem esse papel, porque não são aplicados testes adequados para auferir o conhecimento.

“As provas teóricas e práticas atuais não levam em conta as complexidades. Seria muito melhor colocar esse médico para trabalhar sob um tutor e, a partir daí, se instaurar uma avaliação rigorosa e permanente. Mas isso não tem sido pensado”, pontua Augusto.


Formação

A concepção de medicina ensinada nas universidades impede também que os estudantes vejam a luta pela saúde além do tratamento de doenças.

“Nas universidades de medicina, só se vê doença. Não se fala em saúde. Como você pode lutar pela saúde se só vê doenças? Também é saúde lutar por um sistema público de saúde de qualidade”, destaca Augusto.

De acordo com o militante, a concepção de saúde deve ultrapassar uma formação técnica. “O médico deve exercer a medicina a favor da construção de um país mais saudável, sem esperar que as pessoas ou uma comunidade adoeça para depois intervir sobre ela, pois é o modo de vida que vivemos que gera as doenças do país”, defende.

Andreia quer se tornar professora de medicina para colaborar para a mudança da forma de ensinar das universidades. Ela se classificou na primeira fase do concurso para lecionar na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

Segundo ela, o campo da educação deve ser ocupado por aqueles que querem democratizar a educação. “Precisamos formar profissionais com um novo perfil, realmente voltados para atender o povo, para se fixar nos locais de difícil acesso, não só nos grandes centros como hoje. É um campo interessante de atuação”.

José Coutinho Junior é médico

Fonte: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/08/pobre-estudar-medicina-e-afronta-para-a-elite-diz-medico-formado-em-cuba-por-jose-coutinho-junior/

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Sesap realiza abertura da Semana Mundial da Amamentação




Durante a atividade, profissionais da saúde puderam se inteirar das ações propostas pela Organização Mundial de Saúde. Foto: José Aldenir
Durante a atividade, profissionais da saúde puderam se inteirar das ações propostas pela Organização Mundial de Saúde. Foto: José Aldenir
A Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap), juntamente com a Sociedade Brasileira de Pediatria do RN (Sopern), realizaram, na manhã desta quinta-feira (1), na sede da Associação Médica do Rio Grande do Norte, a abertura da Semana Mundial da Amamentação. O evento, que se estende até o próximo dia 7, traz, nesta edição, o tema “Tão importante quanto amamentar seu bebê é ter alguém que escute você”. Durante a atividade, que contou com apresentações culturais e palestra do Presidente Local da Sopern, Nivaldo Noronha, profissionais da saúde puderam se inteirar das ações propostas pela Organização Mundial de Saúde.
Como parte da programação, diversas instituições e unidades de saúde de todo o Estado realizam eventos alusivos à data. A Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC) faz oficina de Aleitamento Materno hoje e amanhã aberta para profissionais de qualquer instituição de saúde. O Hospital Dix-Sept Rosado (Hospital Amigo da Criança), de Mossoró, apresenta programações a semana inteira, em parceria com o Banco de Leite do município e a II Unidade Regional de Saúde Pública. O Hospital de Currais Novos abrirá sua programação nesta sexta-feira (2) e segue com as ações até o próximo dia 7, juntamente com as Unidades de Atenção Básica.
O tema deste ano reforça a importância do apoio à mãe que amamenta e da escuta qualificada, com ênfase na formação de grupos de mães ou de aconselhamento em amamentação. A coordenadora estadual de Aleitamento Materno, Evanúzia Dantas, ressalta que a edição atual da campanha está focada no apoio à lactante, tanto por parte da família como da sociedade e mesmo das empresas do setor privado. “O apoio para manter a amamentação pode ser realizado através da família e de círculos de apoio, formados por profissionais de saúde capacitados, conselheiros em amamentação, líderes da comunidade ou amigas que também são mães e pelos pais ou companheiros”, conta.
Sobre o determinante papel da iniciativa privada no quesito, a coordenadora é enfática ao defender a ampliação da licença maternidade. “Entendemos que o leite materno, mais que alimento, é a representação maior do vínculo entre mãe e filho. Quando consideramos que a licença maternidade dura apenas quatro meses, e que muitas mães precisam trabalhar para garantir a subsistência da família, é impossível que não haja uma quebra nessa ligação. Tanto o bebê como a mãe sofrem muito com isso. O Ministério da Saúde vem lutando para estender a licença até 180 dias, mas é uma batalha muito complicada”, lamenta Evanúzia Dantas.
A promotora de vendas Larissa Borges encerra hoje sua licença maternidade, exatamente no dia em que sua filha Lia completa quatro meses. Para ela é impossível voltar ao trabalho, pois a menina ainda se alimenta exclusivamente no peito e não há com quem deixá-la durante o dia. “Tive que pedir demissão do emprego, pois não existe a menor condição de largar minha filha só o dia inteiro. Só quem é mãe sabe do vínculo que existe com o bebê. Romper isso da noite para o dia é, no mínimo, cruel”, desabafa. “Sou totalmente a favor das campanhas de amamentação. Minha primeira filha, Liz, mamou até os dois anos de idade e é notável como hoje ela tem uma saúde excelente. Se Deus quiser, Lia vai no mesmo caminho”, conta.
Para Ana Zélia Pristo, coordenadora regional do programa de bancos de leite, a campanha desse ano tem projeções muito positivas, por contemplar, na prática, os objetivos do apoio ao aleitamento, que são “Proteger, promover e apoiar” a lactante. “Quando falamos em amamentação, o fator emocional é muito forte, muito presente. É necessário que haja um acompanhamento de profissionais qualificados, para que a mãe se sinta estimulada. Não podemos esquecer que o leite materno previne diversas infecções na criança, além de diminuir significativamente os riscos de surgimento de câncer de mama e ovário na mãe e reduzir a possibilidade de hemorragias no pós operatório”, explica.